domingo, 27 de julho de 2008

Ainda descobrindo...

Nesse sábado, fui, outra vez, me aventurar no metrô. Grandes merdas, vocês diriam, né?
Pense dessa forma: Um metrô com mais de 50 saídas. Éééé coleguinha. Saída A1, A23, B16... E por aí vai. Eu não estava sozinha (lóóógico, mamãe estava comigo), mas mesmo assim rolou um certo medinho. A foto a seguir é só ilustrativa. Fiquei tão zonza na estação Shinjuku (a maior que eu já vi) que nem tirei fotos.


Foram cerca de 35 minutos pra achar a saída certa, próxima à ARC Academy, onde, segunda-feira, começo as aulinhas de japonês pra estrangeiros. De 9 ao meio-dia, 5 dias por semana, vou brincar de entender desenhinho, ai que supimpa (não!).


Passado o pânico do metrô, fui explorar a área... E, claro, almoçar num restaurante típico japonês. Não, não falo da comida, falo do ambiente mesmo.
Escolhemos um com fotografias dos pratos, pra variar, e entramos. Ok, cadê que alguém veio nos atender? Uma japinha toda solícita, nos encaminhou à porta e mostrou uma máquina com mil botõezinhos. Ah, certo. Então você coloca o dinheiro na máquina, escolhe seu prato e sai uma fichinha com o seu pedido. Agora... Alguém me diz: pra queeee isso? Qual a porcaria da utilidade? Gastar papel, né? Ah tá, obrigada. Não gostei.
Pelo menos a comida estava boa, heh. E bem mais barato que aqui em Akasaka.


Na volta, já habituadas com o metrô, paramos na estação onde fica a Sophia University, minha futura faculdade aqui. Adorei o Campus... E por alguma obra do destino, haviam vários gatos pingados lá. Já sei: fim de período. Conheço isso. E, infelizmente, descobri que as atitivades extraclasse, são, em sua maioria, ministradas em japonês. Agora ferrou :(
Até capoeira os figuraças têm. Devo entrar nas aulas só pra dar risada de japonês cantando paranauêêê paranauê paraná.


Hoje (vocês não querem saber, mas o blog é meu, dane-se) tive A crise de cólica. Ia ver o "Budão", mas ficou pro fim-de-semana que vem. Ai se minha mãe não tivesse trazido o Profenid... Como eu ia explicar numa farmácia que estava com cólica? Acho que ia chegar lá e dar altos gritos com um absorvente na mão, talvez funcionasse. Hum...
Esse país ainda vai me enlouquecer com essa língua maluca.
E me encantar mais ainda com sua beleza.






Arigato gozaimasu.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ô País rico...

Eu fico abismada como eles gastam, gastam, gastam e sempre têm dinheiro. Japonês não poupa dinheiro em coisa alguma. Tudo é muito bem feito, tudo vem aos montes.
Em cada rua aqui, deve ter pelo menos 2 lojas de conveniência. Sabe os AM/PM que, no Brasil, ficam nos postos Ipiranga? Pois é, aqui ficam na rua e são milhares.

E os parques? Você acha que no Brasil tem parques lindos e bem cuidados, não acha? Eu também. A diferença é que aqui, esses parques existem em todos os bairros e são lugares muitiíssimo completos para qualquer faixa etária com segurança decente (não que precisasse).

Os parques são bonitinhos e tudo mais. Só que a cara do Japão mesmo são as ruas com informação aos montes! Ontem tive dor de cabeça duas vezes hahaha. Não sei se era por causa do metrô (nunca tive problema com metrô) ou por causa das mil luzes, painéis, informações, propagandas, enfim. Isso aqui é uma loucura. Mesmo!


Uma loucura bem ocidentalizada, aliás...



Como havia dito, fui conhecer o metrô, meu destino inicial... Lá mais uma surpresa:


Controladores de tempo. Alí, por exemplo, são 14:53 e o metrô da linha Abiko chegará às 14:54. E sempre chega na hora exata! Isso se não adiantar...
Ai ai, seria tão bom um desses lá na Cardeal Arcoverde, mais conhecida como caverna do Batman. Eu sempre perdia o metrô por conta de me enrolar lá dentro.

Peguei o metrô e fui visitar alguns arredores, o principal:


Palácio Imperial do Japão. Residência oficial do Imperador. E fica onde, onde, onde? Ao lado do escritório da Petrobrás. Qualquer dia desses esbarro com o Imperador e tiro uma foto heh.

domingo, 20 de julho de 2008

E aí eu cheguei...

Claro que foi estranho. Meu sábado não existiu.
Imagine-se saindo do Brasil numa sexta-feira, viajando 20 e tantas horas com trocas de aeroportos e aviões, em meio a crises de gastrite (nunca tive isso, mas de acordo com os sintomas, foi o diagnóstico da mamãe) e chegando em Tokyo, aeroporto de Narita, num domingo de manhã. Tipassim, que que aconteceu com o sábado? Perdi.

Essa palhaçada de vôos com conexões acarretou na perda das malas. Fiquei um dia todo com a única muda de roupa que tinha levado na bagagem de mão, não foi legal :). Por outro lado, achei uma gracinha como eles foram atenciosos e resolveram em 15 minutos (sim, 15 minutos) o problema das malas. Além de prontificarem-se a entregar aqui em casa: 22 horas chegava um japonês aqui com as minhas malas hehe.

O aeroporto é longe bagarái de Tokyo (1 hora e tal), o que foi até bacana porque deu pra ter uma super visão de um bom pedaço do Japão. Vi as plantações de arroz, que são muitas, passei pela Disney, altas rodas-gigantes, enfim... Nesse trajeto descobri que japonês não corre, japonês dirige. Mesmo! Eles respeitam pra caralho o trânsito, achei digno.

O apartamento da minha mãe é aaaalgo, bicho. A luz acende sozinha, o fogão não tem fogo, só aquece, super hi tech, sistema de ar condicionado central, dois banheiros: um só pra privada e outro só pra chuveiro (isso sim é algo mágico), a privada tem aquecimento pro inverno (fica quentinha biiiiicho, você tá lá fazendo xixi e o troço tá quentiiiinho!) e dá descarga sozinha (não posso agregar essa mania ao Brasil, preciso me desfazer dela rapidinho). Claro que pra aprender a mexer no microondas e no fogão, tenho que ler manuais, porque esses desenhinhos não me dizem coisa alguma!


As ruas... Bom, elas parecem de brinquedo! Parece tudo uma miniatura grande. Não tem uuum lixinho sequer no chão, são todas bem curtinhas, todo mundo respeita tudo. Desde o sinal até o lado a se andar da calçada! Que povo mais educado, estou encantada.

O inglês do japonês é triste, ok, isso é um ponto fraco. Mas a forma que eles se esforçam faz valer a pena. No almoço, pedimos um cardápio inglês e claro, eles tinham *.*. Comida gostosa, porém cara (Tokyo é uma cidade cara, não há como fugir disso) com direito a chef, garçonete 1, garçonete 2, caixa e hostess dando boas-vindas e adeus, todos juntos da forma mais fofinha que eu já vi!

Mercado? Bem... Só consegui comprar as coisas que dava pra ver o que tinha dentro. Aquele desenhinhos não rolam. Simplesmente não! Ah e uma lasanha congelada (isso é internacional, fato).

Altos sushis e outras coisinhas japonesas gostosas que eles fazem lá mesmo e vêm numa caixinha de plástico transparente. Adogay :)

Todos os lugares têm eventos, tudo é motivo pros japoneses se reunirem em pracinhas, na grama, fazendo picnics, ou coisinhas bestas com lugares para tirar fotos, estilo Madame Tussauds. Eles são bobos. Continuam fofos assim mesmo.

Tudo aqui é verde, tudo aqui é bem planejado, tudo aqui é seguro! Não há roubo em Tokyo. Os nativos respeitam sua cultura ao extremo. Vi milhões de casas e prédios abertos, bicicletas soltas nas ruas, pessoas com bolsas enormes e câmera fotográficas penduradas no pescoço, sem o menor indício de preocupação. Já quero uma bicicleta!

Depois de bater perna pelas ruas quentes (verão muito quente, inverno muito frio), voltei cheia de sono e 21:30 já estava dormindo. É, eu sei... Eu dormindo antes das 10? Fuso horário é hilário.

Hoje quero fazer mil outras coisas e a top delas é conhecer o metrô. Só estou triste por uma coisa: sinto que não vai dar tempo de conhecer tudo que quero enquanto estiver aqui!




Dessa vez eu deixo vocês serem malas: comentem, peçam fotos, indiquem lugares, mandem e-mails com pedidos (baratinhos), depositem na minha conta o dinheiro de pedidos caros (heh), enfim... Tô aqui pra isso. :)